Lília Momplé, autora fundamental e conhecida nos estudos em torno das literaturas africanas de língua portuguesa é amplamente estudada, mas ainda não havia sido publicada no Brasil. vamos conversar sobre dois livros da autora que tem como plano de fundo a história recente de Moçambique e o pós independência do país.
com a obra Neighbours, publicada pela primeira vez em 1995, Lilia Momplé se volta em primeiro lugar para a história recente de Moçambique, levando-nos a refletir sobre a violência de um país que esteve em guerra durante muitos anos (1975 a 1994).
e “Ninguém matou Suhura”, obra fundamental da literatura pós-colonial moçambicana, este é um livro de contos com cinco narrativas que podem ser lidas de modo independente, mas, ao mesmo tempo, estão interconectadas de forma temática, através da representação e da denúncia da violenta experiência colonial dos povos de Moçambique e Angola ao longo do século XX.
para conversar sobre como a autora elabora literariamente essas narrativas vamos recebemos:
🎙 Cidinha da Silva (@cidinhadasilvaescritora ) é autora dos premiados “Um Exu em Nova York” entre outros. sua publicação mais recente é “Tecnologias ancestrais de produção de infinitos”.
🎙 Marina Candido (@marina.r.candido ), mestre em Literatura e Crítica Literária pela PUC-SP. é integrante do Grupo de Pesquisa de Literaturas e Ancestralidades Negras – GPLAN da PUC-SP.
🎙 @__carolina__f é a curadora responsável pelo circuito gsr. atualmente é mestranda em Literatura e Crítica Literária na PUC-SP.
Dois anos após a abertura da livraria gato sem rabo, muitas narrativas passaram por nós, muitos livros discutidos e muitas mulheres, pessoas trans, travestis e não-binárias compõe hoje esse quarto só nosso. começamos a construção da nossa comunidade, pensando com Virginia Woolf, sobre a importância da escrita de mulheres e de como apesar do distanciamento temporal e g…
Dois anos após a abertura da livraria gato sem rabo, muitas narrativas passaram por nós, muitos livros discutidos e muitas mulheres, pessoas trans, travestis e não-binárias compõe hoje esse quarto só nosso. começamos a construção da nossa comunidade, pensando com Virginia Woolf, sobre a importância da escrita de mulheres e de como apesar do distanciamento temporal e geográfico somos atravessadas por questões que nos aproximam.
Gloria Anzaldúa, nos propõe que não esperemos um quarto só nosso para escrever, nos convoca a fazer isso com as nossas línguas de fogo. em um discurso que dialoga e amplia o que foi proposto por Virginia Woolf, queremos compartilhar essa leitura com vocês, porque acreditamos que com ela podemos construir outros muitos anos juntas.
Gloria Anzaldúa, “chicana sapatão-feminista, poeta tejana patlache, escritora e teórica cultural”, nascida no Vale do Rio Grande, sul do Texas (EUA), trabalhou em uma ampla variedade de gêneros, incluindo poesia, ficção, ensaios, entrevistas, antologias e livros infantis.
para essa bate-papo vamos receber com muita alegria:
Maria Carolina Cassati (@encruzilinhas), Maria Carolina é professora, escritora e
doutoranda da EACH-USP,. Apaixonada pela palavra, é idealizadora do @encruzilinhas. É mãe do TumTum, filha de Figênia e Brogio, neta de Zelia e amiga de muitas, mas, primeiramente, do G7.
tatiana nascimento (@tatiananascivento), brasiliense, cantora, compositora, escritora, tradutora, inventa de poemas a livros artesanais, passando por experimentação audiovisual. Tem 12 livros autorais publicados, 04 traduzidos (Audre Lorde, Gloria Anzaldua, Renne Gladman), e editou mais de 50 títulos de autoras negras y/ou LGBT+ pela padê editorial; idealizou a primeira formação, no Brasil, sobre privilégio branco; e o primeiro slam exclusivo para mulheres, o Slam das Minas DF. Criadora da Semilla – feira de publicadorAs. Mãe da Irê.
“A família que devorou seus homens” de Dimma Wannus, traduzido pela Safa Jubran e publicado pela @editoratabla, é um livro que de uma escritora Síria sobre mulheres e a memória na diáspora. as personagens do romance vivem experiências distintas do tempo, sendo atravessadas por questões políticas e sociais da Síria.
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“A família que devorou seus homens” de Dimma Wannus, traduzido pela Safa Jubran e publicado pela @editoratabla, é um livro que de uma escritora Síria sobre mulheres e a memória na diáspora. as personagens do romance vivem experiências distintas do tempo, sendo atravessadas por questões políticas e sociais da Síria.
a escrita de Dimma Wannus estabelece uma proximidade com a pessoa leitora que nos surpreende e cativa, temos a sensação de escutar alguém contando um lado da história. a narradora compra uma câmera com a intenção de registrar as recordações familiares da mãe e por meio de estilhaços, a princípio com uma geografia imprecisa, vai nos revelando de que forma a experiência da diáspora e a morte se assemelham e atravessam os laços e vivências familiares e de uma comunidade.
✍🏽 Dima Wannus nasceu na Síria, na cidade de Damasco, em 1982. estudou literatura francesa e tradução na Universidade de Damasco e na Sorbonne. escreveu para jornais árabes, como o Alsafir e o Alhayat, e estrangeiros, como o Washington Post. dirigiu a seção cultural da revista digital Modon entre 2012 e 2014. em 2009 foi selecionada entre os 39 escritores árabes mais talentosos com menos de 40 anos pelo projeto Beirute39. tem três romances e uma coletânea de contos publicados.
para essa bate-papo recebemos:
🎙 Laura di Pietro, sócia fundadora e diretora editorial da Tabla.
🎙 Yara Osman (@yaraosmanyaya), é fotógrafa, pianista e também é formada em odontologia. ascida na cidade de Latáquia, Síria, chegou ao Brasil como refugiada em 2016. inistrou palestras e debates sobre refúgio, feminismo, diversidade e sexualidade nos SESC’s de São Paulo. Também tocou em vários projetos musicais como: projeto Tananir; Sarau vozes femininas; banda Gurbah; e no grupo “Um sonho”, de música persa.
Quantas histórias cabem dentro de uma mesma história? quantas versões de uma mesma história são possíveis? conta melhor quem vive ou quem testemunha os acontecimentos? a vida é forjada na concretude das coisas ou nas dobras da memória? nos indaga André Dias no prefácio do romance “Depois de tudo tem uma vírgula” de Elizabeth Cardoso publicado pela @editorapatua. …
Quantas histórias cabem dentro de uma mesma história? quantas versões de uma mesma história são possíveis? conta melhor quem vive ou quem testemunha os acontecimentos? a vida é forjada na concretude das coisas ou nas dobras da memória? nos indaga André Dias no prefácio do romance “Depois de tudo tem uma vírgula” de Elizabeth Cardoso publicado pela @editorapatua.
em uma São Paulo soturna, com personagens contraditórias , o romance revisita momentos da Ditadura Civil e Militar com um novo olhar para o tema. acompanhadas de Rita, Diego, Tiago, Maria Cecília e Mauro, vamos descobrir o que tem depois da vírgula. Elizabeth Cardoso revela que ainda há muito o que dizer sobre a ditadura, o feminino, a inocência, o amor, sobre desistir e resistir.
Elizabeth Cardoso (@elizabethcardoso357) é doutora em Teoria Literária pela USP, professora do Programa de Estudos Pós-Graduados em Literatura e Crítica Literária na PUC- SP. autora de ensaios críticos e de literatura infanto-juvenil, entre seus livros recentes destacam-se: Feminilidade e Transgressão – uma leitura da obra de Lúcio Cardoso; Todo mundo é misturado; Tarcirurga, Bartolomeu e Pluminha no mar sem fim; Literatura e Ensino – territórios em diálogo.
para essa bate-papo vamos recebemo também:
@pjaycob Paula Jacob é jornalista, professora e pesquisadora de literatura e cinema pelo viés da psicanálise.
@__carolina__f é pesquisadora, gerente de operações criativas com foco em projetos de diversidade e inclusão e autora de conteúdo didático. atualmente é mestranda em Literatura e Crítica Literária na PUC-SP.