A poesia de Luiza Oliveira é feita tanto de amor e paixão quanto de afirmação e enfrentamento. Afinal, é preciso afirmar tudo que é amoroso e verdadeiro, quando “[…] os homens confabulam contra nós / todo o tempo / você não ouve o burburinho?”. É com arte e beleza que ela visita os meandros profundos da vida, nos levando pelas geografias do tempo e do espaço sempre para mais longe, ou para o lugar mais íntimo em que possamos nos encontrar. “Sua escrita é visceral e cortante, porrada atrás de porrada. Costura fina entre bravura, paixão e terror. Um soco no estômago que sem piedade te deixa com vontade de quero mais”, diz Gabriela Faccioli na apresentação do livro. Sim, precisamos abrir as cancelas para poetas como Luiza, cuja arte pede passagem para entrar na vida dos leitores.