este é um livro-cântico.
dizem os antigos que a palavra é o instrumento primeiro da comunhão entre devotos e deusas.
em águas abundantes de um planeta recém-nascido, Kah Dantas é devota do verbo, navega pela linguagem e se apropria das metáforas religiosas para compor um corpo-instrumento que nos leva a devorar a palavra:
E eu disse ao meu amado “vou”
Como o maná atravessando as nuvens
E pousando no abrigo da boca faminta
E da língua prometida e sedenta
Para fazer cumprir esta palavra de amor
Kah Dantas escreve com a elegância de quem conhece o ofício. não há desvio do caminho porque é na liberdade que ele se faz.
este livro é a cartografia de um corpo que escolhe o outro. que ao se declarar para o outro fala de si mesmo, de suas fraquezas, desejos, medos e dores. nele, encontramos verdade e doçura; desejo e desvario; culpa e redenção.
se é pela palavra que nos aproximamos das deusas antigas, nos versos de …
este é um livro-cântico.
dizem os antigos que a palavra é o instrumento primeiro da comunhão entre devotos e deusas.
em águas abundantes de um planeta recém-nascido, Kah Dantas é devota do verbo, navega pela linguagem e se apropria das metáforas religiosas para compor um corpo-instrumento que nos leva a devorar a palavra:
E eu disse ao meu amado “vou”
Como o maná atravessando as nuvens
E pousando no abrigo da boca faminta
E da língua prometida e sedenta
Para fazer cumprir esta palavra de amor
Kah Dantas escreve com a elegância de quem conhece o ofício. não há desvio do caminho porque é na liberdade que ele se faz.
este livro é a cartografia de um corpo que escolhe o outro. que ao se declarar para o outro fala de si mesmo, de suas fraquezas, desejos, medos e dores. nele, encontramos verdade e doçura; desejo e desvario; culpa e redenção.
se é pela palavra que nos aproximamos das deusas antigas, nos versos de Kah Dantas conhecemos o fruto da comunhão.
que a palavra seja sempre salvação.
Dia Nobre
Petrolina, 10 de março de 2022