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ESTARÃO AS PRISÕES OBSOLETAS?
autoria: angela davis
Editora: BERTRAND BRASIL
ISBN: 9788574321486
Nº de páginas: 144
R$ 59,90

” Em Estarão as prisões obsoletas? , Angela Davis – estudiosa, ativista, referência dos movimentos negro e feminista – examina com seu olhar crítico o conceito de encarceramento como punição no país com a maior população carcerária do mundo. Abordando o passado norte-americano, a autora aponta como as prisões, desde seu aparecimento no panorama penal do país, reproduzem o modo de pensar escravagista que vigorava até a abolição. Essas estruturas de poder e privilégio, enraizadoras de racismo e sexismo, se perpetuaram até os dias atuais, nos quais uma passagem pela prisão parece ter se tornado inevitável na vida dos pobres e das minorias, criminalizados por sua própria existência, por pertencerem a uma parcela indesejada da população. Desde os anos 1980, a construção de prisões e a taxa de encarceramento nos Estados Unidos têm crescido exponencialmente, originando uma grande inquietação do público sobre a pr…

” Em Estarão as prisões obsoletas? , Angela Davis – estudiosa, ativista, referência dos movimentos negro e feminista – examina com seu olhar crítico o conceito de encarceramento como punição no país com a maior população carcerária do mundo. Abordando o passado norte-americano, a autora aponta como as prisões, desde seu aparecimento no panorama penal do país, reproduzem o modo de pensar escravagista que vigorava até a abolição. Essas estruturas de poder e privilégio, enraizadoras de racismo e sexismo, se perpetuaram até os dias atuais, nos quais uma passagem pela prisão parece ter se tornado inevitável na vida dos pobres e das minorias, criminalizados por sua própria existência, por pertencerem a uma parcela indesejada da população. Desde os anos 1980, a construção de prisões e a taxa de encarceramento nos Estados Unidos têm crescido exponencialmente, originando uma grande inquietação do público sobre a proliferação, privatização e a promessa de grandes lucros a partir do sistema carcerário. No entanto, essas prisões abrigam quantidades desproporcionais de minorias étnicas, deixando entrever o racismo entranhado no sistema. É preciso mais do que reformar o sistema prisional em busca de condições menos desuamanas – faz-se necessário buscar alternativas ao cárcere como instrumento de reforma criminal. E, nesse sentido, é impossível não ver os paralelos entre o movimento antiprisional e o movimento abolicionista: com esta última grande abolição da vida norte-americana, pode-se finalmente começar a desmantelar as estruturas que condenam tantos a uma vida de miséria e sofrimento. Em Estarão as prisões obsoletas? , a renomada ativista Angela Davis expõe com clareza a problemática do atual sistema prisional e propõe uma transformação radical no modo como a sociedade pensa a punição:  é necessário reconhecer que o castigo “não é uma consequência do crime na sequência lógica e simples oferecida pelos discursos que insistem na justiça do aprisionamento, mas, sim, que a punição – principalmente por meio do encarceramento (e às vezes da morte) – está vinculada a projetos políticos, ao desejo de lucro das corporações e às representações midiáticas do crime”. “

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Angela nasceu no estado do Alabama, um dos mais racistas do sul dos Estados Unidos e desde cedo conviveu com humilhações de cunho racial em sua cidade. Leitora voraz quando criança, aos 14 anos participou de um intercâmbio colegial que oferecia bolsas de estudo para estudantes negros sulistas em escolas integradas do norte do país, o que a levou a estudar no Greenwich Village, em Nova Iorque, onde travou conhecimento com o comunismo e o socialismo teórico marxista, sendo recrutada para uma organização comunista de jovens estudantes.

Na década de 1960, Angela tornou-se militante do partido e participante ativa dos movimentos negros e feministas que sacudiam a sociedade norte-americana da época, primeiro como filiada da SNCC de Stokely Carmichael e depois de movimentos e organizações políticas como o Black Power e os Panteras Negras.

Angela lecionou por 17 anos no Departamento de História da Consciência na prestigiada Universidade da Califórnia-Santa Cruz. Recebeu o título de professora emérita da Universidade da Califórnia e se aposentou em 2008. Após sua aposentadoria continuou sua rotina de palestras e cursos em diversas universidades e centros culturais por todo o mundo. Em 2019 passou a integrar o National Women’s Hall of Fame dos Estados Unidos.
palestras e cursos em diversas universidades e centros culturais por todo o mundo. Em 2019 passou a integrar o National Women’s Hall of Fame dos Estados Unidos.