
O texto é baseado no depoimento da autora às comissões Nacional e Estadual da Verdade e inspirado em sua tese de doutorado. A militante que dedicou boa parte de sua vida a defender o direito à verdade, à justiça e à dignidade humana escreve que falar das memórias “malditas e perigosas dos vencidos” é ainda doloroso e muito difícil, mas cada vez mais “absolutamente necessário”.
Aquelas memórias “que não contam nos livros oficiais e que o Estado tenta incessantemente fazer desaparecer, ainda hoje insistem em nossos corpos. São histórias que fazem parte de nossas vidas e que continuam a ferro e fogo”, assinala, para mais adiante abordar a sua relação com a escrita e o mundo: “Sinto necessidade de escrever para liberar a vida. Só consigo seguir em frente no abalo que constantemente tira tudo do lugar novamente. Em uma fina sintonia entre Leibniz e Deleuze: na chegada ao porto eis que sou lançada novamente em alto mar”…
O texto é baseado no depoimento da autora às comissões Nacional e Estadual da Verdade e inspirado em sua tese de doutorado. A militante que dedicou boa parte de sua vida a defender o direito à verdade, à justiça e à dignidade humana escreve que falar das memórias “malditas e perigosas dos vencidos” é ainda doloroso e muito difícil, mas cada vez mais “absolutamente necessário”.
Aquelas memórias “que não contam nos livros oficiais e que o Estado tenta incessantemente fazer desaparecer, ainda hoje insistem em nossos corpos. São histórias que fazem parte de nossas vidas e que continuam a ferro e fogo”, assinala, para mais adiante abordar a sua relação com a escrita e o mundo: “Sinto necessidade de escrever para liberar a vida. Só consigo seguir em frente no abalo que constantemente tira tudo do lugar novamente. Em uma fina sintonia entre Leibniz e Deleuze: na chegada ao porto eis que sou lançada novamente em alto mar”.