Se não se sai de árvore por meios de árvore, se não se sai do homem por meio do homem, qual é a saída? Ponge sugere que podemos sair de nós mesmos por meios dos nossos objetos. Os objetos de amor são altamente subversivos, porque são eles que podem fazer frente à resistência que nosso próprio pensamento impõe. Este livro percorre e realiza o caminho de extração da poesia da vida. Se não podemos falar de amor, falemos de árvores.
“Escrever com um poeta é fazer poesia-mais, mas também concha, casa, receptáculo, morada, ressonância de ouvir o mundo, em suas mil folhas que fazem reverberar em todos os verdes da vida, essa que se escreve e inscreve o sujeito que faz poesia de seus fios, redes, e também fendas, rasuras e tropeços. Frestas. Através do Poeta-Outro, vejo o mundo, revejo-me na construção de minha/tua casa-mundi-escrita, meu mapa vegetal, pensamento antes informulado, antes indecifrável; agora onde me…
Se não se sai de árvore por meios de árvore, se não se sai do homem por meio do homem, qual é a saída? Ponge sugere que podemos sair de nós mesmos por meios dos nossos objetos. Os objetos de amor são altamente subversivos, porque são eles que podem fazer frente à resistência que nosso próprio pensamento impõe. Este livro percorre e realiza o caminho de extração da poesia da vida. Se não podemos falar de amor, falemos de árvores.
“Escrever com um poeta é fazer poesia-mais, mas também concha, casa, receptáculo, morada, ressonância de ouvir o mundo, em suas mil folhas que fazem reverberar em todos os verdes da vida, essa que se escreve e inscreve o sujeito que faz poesia de seus fios, redes, e também fendas, rasuras e tropeços. Frestas. Através do Poeta-Outro, vejo o mundo, revejo-me na construção de minha/tua casa-mundi-escrita, meu mapa vegetal, pensamento antes informulado, antes indecifrável; agora onde meu rosto se desenha, no alumbramento, parece dizer Paula Vaz.” – Ruth Silviano Brandão