“O rei se inclina e mata”, coletânea de ensaios que a Biblioteca Azul acaba de publicar da escritora Herta Müller, é “totalmente autobiográfica”, na definição da própria autora. O livro inicia-se com suas memórias de infância em Nitzkdorf, uma pequena aldeia na região do Banat romeno. Nela, a menina Herta começa a construir a relação muito própria com as palavras que manteria na maturidade, relação cheia de astúcia, já intuindo que, criadas para se falar e pré-validadas pelos “de fora”, as palavras mais subjugam do que qualquer outra coisa – mesmo quando proibidas de serem ditas.
“O rei se inclina e mata”, coletânea de ensaios que a Biblioteca Azul acaba de publicar da escritora Herta Müller, é “totalmente autobiográfica”, na definição da própria autora. O livro inicia-se com suas memórias de infância em Nitzkdorf, uma pequena aldeia na região do Banat romeno. Nela, a menina Herta começa a construir a relação muito própria com as palavras que manteria na maturidade, relação cheia de astúcia, já intuindo que, criadas para se falar e pré-validadas pelos “de fora”, as palavras mais subjugam do que qualquer outra coisa – mesmo quando proibidas de serem ditas.