Reverberando o incômodo que a própria Virginia passou em vida, quase sempre se sentindo inadequada e malvestida para as festas às quais era convidada, vemos em O vestido novo a pobre Mabel sentir-se “como uma manequim de modista, ali parada para que as jovens lhe espetassem alfinetes”, sofrendo profundamente com o julgamento e o desprezo daqueles que reprovam não a sua constituição intelectual ou moral, mas a sua roupa. Escrito com a conhecida maestria de Virginia, o conto é uma daquelas preciosidades que ganham uma grandeza insuspeita quando lido assim, em separado, num volume único que lhe dá o valor que tem em si e que tantas vezes passa despercebido.
Reverberando o incômodo que a própria Virginia passou em vida, quase sempre se sentindo inadequada e malvestida para as festas às quais era convidada, vemos em O vestido novo a pobre Mabel sentir-se “como uma manequim de modista, ali parada para que as jovens lhe espetassem alfinetes”, sofrendo profundamente com o julgamento e o desprezo daqueles que reprovam não a sua constituição intelectual ou moral, mas a sua roupa. Escrito com a conhecida maestria de Virginia, o conto é uma daquelas preciosidades que ganham uma grandeza insuspeita quando lido assim, em separado, num volume único que lhe dá o valor que tem em si e que tantas vezes passa despercebido.