
“Daniela Mussi apresenta neste instigante livro o cenário da crise política e cultural que abalou a Itália ao fim da I Guerra Mundial (1914-1918). Uma crise que só pode encontrar saída no fascismo, uma forma de revolução passiva que recompôs a dominação de classe na Itália e que incorporou vários elementos culturais surgidos durante a crise, mas que tinham sólidas raízes no passado.
A crise era principalmente do liberalismo encarnado nos impasses de Giolitti. A crise era também do reformismo socialista articulado à filosofia positivista e mesmo do neoidealismo de Benedetto Croce. As saídas da crise por uma rota democrática que superasse a herança conservadora e liberal burguesa do Risorgimento também se mostraram insuficientes.
Daniela Mussi aborda esse cenário de maneira qualificada, seguindo os movimentos de Antonio Gramsci e de Piero Gobetti, jovens expoentes intelectuais do debate cultural que ocorria em meio à…
“Daniela Mussi apresenta neste instigante livro o cenário da crise política e cultural que abalou a Itália ao fim da I Guerra Mundial (1914-1918). Uma crise que só pode encontrar saída no fascismo, uma forma de revolução passiva que recompôs a dominação de classe na Itália e que incorporou vários elementos culturais surgidos durante a crise, mas que tinham sólidas raízes no passado.
A crise era principalmente do liberalismo encarnado nos impasses de Giolitti. A crise era também do reformismo socialista articulado à filosofia positivista e mesmo do neoidealismo de Benedetto Croce. As saídas da crise por uma rota democrática que superasse a herança conservadora e liberal burguesa do Risorgimento também se mostraram insuficientes.
Daniela Mussi aborda esse cenário de maneira qualificada, seguindo os movimentos de Antonio Gramsci e de Piero Gobetti, jovens expoentes intelectuais do debate cultural que ocorria em meio à crise. Gramsci tateava o caminho que o levaria a Marx e ao bolchevismo, de um modo muito particular e criativo; já Gobetti seguiu aquele que levava à radicalização democrática do liberalismo, uma forma de criar uma nova classe dirigente e de fazer do campesinato meridional força protagonista de uma nova Itália.
Mas a proposição talvez mais importante do livro seja a abordagem, o método. Não se trata de confrontar dois autores (que alimentavam uma intensa amizade), mas de entender um ambiente cultural e político, político e cultural, de crise com instrumentos oferecidos por esses autores / atores do tempo. A crítica da bibliografia existente mostra a relativa novidade do trabalho apresentado, mas cuja utilidade para os estudiosos brasileiros será enorme.” Da orelha de Marcos del Roio.
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