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TÉDIO TERMINAL
autoria: traduzido por: kohl, rita | traduzido por: suenaga, eunice | traduzido por: cunha, andrei | suzuki, izumi
Editora: DBA LITERATURA
ISBN: 9786558260905
Nº de páginas: 232.00
R$ 76,90

As convenções de gênero escancaradas, os métodos para anestesiar ou esquecer, o vício em telas e a distorção entre realidade e espetáculo: a obra de Izumi Suzuki, escrita durante os anos 1970 e 1980, parece estar mais próxima do atual Black Mirror do que de muitos clássicos da ficção científica. É o caso das viagens de consciência de “You may dream” e de “Lembranças do Seaside Club”, da distopia queer “Um mundo de mulheres com mulheres” e da violência televisionada de “Tédio terminal”, conto que dá título ao livro. Ainda que, é verdade, não faltem a estas histórias boas doses de fantasia e absurdo, como poltronas falantes, pretendentes amorosos alienígenas e tensões diplomáticas interplanetárias. Izumi Suzuki empresta a seus narradores e protagonistas uma voz emocionalmente desapegada que torna este conjunto tão singular quanto perturbador. Somando as inúmeras referências à música e ao cin…

As convenções de gênero escancaradas, os métodos para anestesiar ou esquecer, o vício em telas e a distorção entre realidade e espetáculo: a obra de Izumi Suzuki, escrita durante os anos 1970 e 1980, parece estar mais próxima do atual Black Mirror do que de muitos clássicos da ficção científica. É o caso das viagens de consciência de “You may dream” e de “Lembranças do Seaside Club”, da distopia queer “Um mundo de mulheres com mulheres” e da violência televisionada de “Tédio terminal”, conto que dá título ao livro. Ainda que, é verdade, não faltem a estas histórias boas doses de fantasia e absurdo, como poltronas falantes, pretendentes amorosos alienígenas e tensões diplomáticas interplanetárias. Izumi Suzuki empresta a seus narradores e protagonistas uma voz emocionalmente desapegada que torna este conjunto tão singular quanto perturbador. Somando as inúmeras referências à música e ao cinema, as complicações dos relacionamentos familiares e amorosos, e um inconformismo não histérico, que aponta os arranjos sociais e vira o espelho para nós, a coletânea de contos Tédio terminal permanece como quem a escreveu: única, radical e eternamente jovem.

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